A hepatite é uma doença caracterizada por uma inflamação do fígado. Pode apresentar diversas causas, como as infecções por vírus, uso abusivo de álcool e certos medicamentos, de drogas, doenças hereditárias e autoimunes. Entretanto, sabemos que as causas mais comuns são as virais. A hepatite pode ser classificada em aguda e crônica, sendo que essa última é representada por um processo inflamatório que dura mais de seis meses, porém a cronificação não ocorre em todos os casos. Neste dia 28, é realizada a campanha nacional contra a hepatite.
Hepatite
Hepatite designa qualquer
degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as
infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou
outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus
atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a
cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas
alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos
nocivos às células hepáticas.
O que é hepatite?
Tipos
Hepatite A: é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A hepatite A
fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas,
porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos
amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de
apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção
se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se
que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. Apesar de existir
vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la
se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem
cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.
As hepatites B e C podem evoluir para uma cirrose ou até câncer de fígado
Hepatite B e Hepatite C: os
vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos
sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes
submetidos a material cirúrgico contaminado e não-descartável estão
entre as maiores vítimas, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões
sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da
hepatite B
pode ser passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso
de camisinha. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não
aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a
doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus.
Quando aparecem, os sintomas são muito similares aos da hepatite A, mas
ao contrário desta, a hepatite B e a C podem evoluir para um quadro
crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado.
Tratamento de Hepatite
Não existe tratamento para a forma
aguda. Se necessário, apenas sintomático para náuseas e vômitos. O
repouso é considerado importante pela própria condição do paciente.
A utilização de dieta pobre em
gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior
benefício é ser de melhor digestão para o paciente sem apetite. De forma
prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo doente defina sua
dieta de acordo com sua aceitação alimentar. A única restrição está
relacionada à ingestão de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um
período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.Prevenção
A melhor estratégia de prevenção da
hepatite A inclui a melhoria das condições de vida, com adequação do
saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A vacina específica
contra o vírus A está indicada conforme preconizado pelo Programa
Nacional de Imunizações (PNI).
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C,
mas existem outras formas de prevenção, como: triagem em bancos de
sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de
material biológico não infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos
como coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou
pele; cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais,
laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise;
tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado; abstinência ou
diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias que
sejam tóxicas ao fígado, como determinados medicamentos.
Fontes e referências:
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