COALIZÃO
Governador diz que partido teria sido mais ético se devolvesse cargos
O governador
Simão Jatene confirmou ontem à tarde o rompimento com o PMDB, durante a
solenidade de instalação do comitê gestor do Pacto pela Educação, no
Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Em entrevista coletiva
à imprensa, o líder tucano disse que, desde o primeiro dia de governo,
tentou constituir um pacto pelo Pará com a participação de vários
segmentos e forças políticas, no entanto, a legenda liderada por Jader
Barbalho rompeu o pacto e tentou fazer com o que o PSDB se tornasse
subserviente: "Pacto não significa a subserviência deste ou dalquele
grupo, mas a união de grupos políticos em torno de interesses comuns. Na
hora que um grupo político termina não tendo o mesmos interesses dos
demais que estão no pacto, aí não tem como continuar esse pacto", disse o
governador. "Não queremos e nem aceitamos que um partido tente se impor
sobre os demais", ressaltou.
Jatene
publicou ontem no Diário Oficial do Estado a exoneração dos secretários
de Pesca e Aquicultura, Henrique Sawaki, e de Integração Regional e
Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Seidurb), Márcio Spíndola, além
dos dirigentes da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), Arthur
Tourinho; das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa), Marco Antônio
Raposo; e do Instituto de Metrologia do Pará (ImetroPará), Luiziel
Guedes, todos indicados do PMDB, alguns muito próximos a Jader.
Ontem,
o governador assegurou que mais ninguém do PMDB será exonerado do
governo. As duas indicações do PMDB que ainda resistem no Executivo são
Eduardo Carneiro da Silva, secretário estadual de Transportes, e o
ex-vice-governador Hildegardo Nunes, titular da Secretaria de Estado de
Agricultura. No entanto, fontes dão conta de que ambos já teriam entrado
em acordo com Jatene para permanecer nos cargos.
Jatene
evitou responder sobre os erros que os ex-aliados cometeram e destacou
que, se o PMDB estava insatisfeito, teria sido ético se a legenda
tivesse devolvido os cargos, mas, como não fizeram isso, houve a
exoneração. O governador também disse que as divergências não são com o
partido, mas com uma facção dele.
"Eu
não tenho que dizer onde esse ou aquele partido errou. O nosso desejo é
contar com todas as forças políticas da sociedade no sentido de
defendermos as grandes questões deste Estado. Na nossa prática cotidiana
demos exemplo disso: Na Assembleia (Legislativa) existia uma diferença
de emendas dos deputados governistas e dos não governistas. Colocamos um
valor igual para todos, independente de estarem ou não na base. Outro
exemplo, ainda ontem estive em Bragança, comemorando os 400 anos (do
município). Bragança é uma prefeitura que tem um prefeito do PT,
estivemos juntos (ele e o prefeito Nelson Magalhães) o tempo todo, de
forma republicana, participando dos festejos. Estamos (o governo)
investindo aproximadamente R$ 35 milhões em Bragança, no sistema de
abastecimento de água, pontes para Ajuruetua, restauro de colégio e que
vai contar com um teatro, porque Bragança tem uma história cultural
fantástica."
O governador disse
ainda ter um programa de governo que está "fazendo um esforço para
cumprir". "Estamos asfaltando mais 1 mil quilômetros de estrada, estamos
fazendo vários hospitais, alguns estão ficando prontos e outros
iniciando, estamos construindo escola. Sempre me preocupou muito que as
disputas políticas terminaram custando muito a esse Estado. Foi isso que
tentamos evitar quando convidamos todos os partidos, independente de
terem estado conosco nas eleições, para construirmos um projeto de
Estado", completou.O Liberal - Belém 10 de Julho de 2013
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