Sábado, 13 de abril de 2013
FONTE: portaprofuturo.blogspot.com.br
Professora sofre retaliação por não aceitar privilégio
Com um filho doente servidora da
educação sofre assédio moral e tem
negado pela justiça municipal direito
de acompanhar filho em tratamento
WALQUER CARNEIRO
Uma servidora
do setor de educação pública de Dom Eliseu, (cujo nome não vou citar
para evitar constrangimentos) que por toda a sua vida cidadã e servidora
apoiou o grupo de PMDB, o Quinze, em Dom Eliseu, encontrou-se com o
secretário de educação em um evento social e foi conversar com ele sobre
o projeto que reformulou o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos
Professores Dom Eliseu. A servidora argumentou que não era justo os
professores perderem em média 35% do salário, pois a maioria tinha mais
de 70% do salário comprometido com contas a pagar, financiamentos e
prestações de bens, e com a diminuição do salário os servidores iriam
cair na inadimplência.
Depois de
ouvir o lamento da servidora o secretário Roque a olhou nos olhos e
disse: “Não se preocupe professora, pois nós iremos manter as
gratificações para os professores que são do nosso lado, fique
tranquila os nossos não vão perder nada”, teria dito o secretário.
A servidora
surpresa com a atitude do secretário disse que não aceitaria tal
proposta porque ela tem parentes e amigos íntimos que são servidores da
educação e que são oposição ao grupo que administra o município e não
iria se sentir bem recebendo gratificações que eles não receberiam.
A servidora
tem um filho, bebê de um ano e oito meses, que nasceu com sérios
problemas neurológicos e sofre constantes convulsões, e agora tem que
ser internado durante seis meses, em um hospital fora de Dom Eliseu,
para um tratamento intensivo, de modo que, alguns dias depois da
conversa, a servidora foi até a secretaria de educação solicitar uma
licença para acompanhar a criança durante o tratamento, mas o pedido da
servidora foi negado pelo secretário de educação em retaliação a atitude
da servidora à proposta recusada por ela.
Diante da
negativa do secretário a servidora procurou o serviço do advogado
Adriano Magalhães para que ele pudesse fazer valer o seu direito da
licença. O advogado então, diante da urgência da situação, foi procurar
o juiz de direito da comarca de Dom Eliseu, apresentando a ele a
demanda da servidora relatando que o secretário de educação, por
motivos “políticos” havia negado a licença para a servidora cuidar do
filho no hospital. Adriano solicitou que juiz concedesse uma ação
cautelar inominada que obrigasse o secretário de educação garantir
para a servidora o direito da licença para acompanhar o filho bebê
durante o tratamento de saúde.
NEGATIVA DA JUSTIÇA
Mas para a
surpresa do advogado Adriano, diante da urgência e da gravidade da
situação, o juiz negou conceder a ação cautelar inominada para a
servidora dizendo que ela que procurasse o ministério público. O
advogado não entendendo a atitude do juiz o questionou calmamente:
“Meritíssimo, é uma questão de urgência...Um caso grave...!”, no que
então o juiz retrucou: “Essa criança não tem um pai?”, questionou ele,
ao que o advogado argumentou: “Mas meritíssimo, uma criança nesta idade é
natural que esteja acompanhada pela mãe. . .! ponderou Adriano, o juiz
então de modo deselegante virou para o advogado e proferiu as seguintes
palavras: “O senhor está ficando louco...?! Não entendeu o que eu
disse!? Não vou conceder a sua solicitação...!”, soltou o juiz.
Tudo isso
aconteceu no interior do fórum de justiça de Dom Eliseu, diante de mais
de meia dúzia de pessoas que testemunharam o fato, de forma que o
Advogado Adriano, contrariado com a atitude do Juiz retrucou de forma
veemente, antes de deixar as dependências do fórum: “Louco não...!!! O
senhor me respeite, pois estou aqui no exercício da minha função. Louco é
o senhor que está negando a uma mãe o direito dela acompanhar o filho
bebê que precisa ser internado...!”, bradou o advogado saindo...
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