domingo, 7 de abril de 2013

Prefeito de Tomé-Açu e o seu pai Mandam Matar Advogado.

 Carlos Vinicius (PMDB) Prefeito de Tomé-Açú-Pará
MANDANTES
Polícia apresenta pistoleiros e anuncia envolvimento de outros quatro
Interesses políticos, econômicos e pessoais foram os principais motivos que levaram o atual prefeito do município de Tomé-Açu, Carlos Vinicius de Melo Vieira (PMDB), o pai dele, Carlos Vieira e o empresário Raimundo Barros Araújo, de Paragominas, a encomendar a morte do empresário Luciano Capacio e do advogado Jorge Pimentel, na noite do último dia 2 de março, no município de Tomé-Açu. A conclusão, da Polícia Civil do Pará, foi anunciada na manhã de ontem durante coletiva de imprensa na qual dois dos três pistoleiros contratados para o crime foram apresentados, no auditório da Delegacia Geral. A polícia já está com o mandado de prisão preventiva dos três mandantes e do terceiro pistoleiro, todos foragidos.
O diretor de polícia do Interior, delegado Silvio Maués, expôs à imprensa toda a dinâmica de investigação do caso. Ele informou que a delegada Claudia Renata, da Divisão de Homicídios foi encaminhada para o local do crime e desde o início a polícia tomou como principal linha de investigação a animosidade política, uma vez que o empresário e o advogado estavam apresentando ameaça ao atual prefeito de Tomé-Açu, em virtude de denúncias e de quebra de contratos.
O prefeito Carlos Vinicius, em seu primeiro mandato, tinha o empresário Luciano Capacio como aliado, mas já nos últimos meses essa aliança já não existia. Luciano passou a fazer novas articulações políticas e a integrar o mesmo grupo do advogado Jorge Pimentel, militante do PSDB. De acordo com informações do delegado, a intenção do empresário era de se candidatar para prefeito da cidade. A partir disso, a animosidade entre o empresário e o atual prefeito teve início.
'As duas partes começaram a entrar em atrito, a prefeitura passou a ser alvo de denúncias. Os acordos feitos entre o prefeito e o empresário foram quebrados', explicou Silvio Maués.
Atores
Para a polícia, o prefeito do município de Tomé-Açu, Carlos Vinicius, o pai dele, o empresário Carlos Vieira são considerados os principais mandantes. O empresário do ramo madeireiro no município de Paragominas, Raimundo Barros Araújo, foi o agenciador. Raimundo fez a contratação dos três pistoleiros. Wellington Ribeiro Marques e Carlos André Magalhães foram presos no dia 17 de março, na BR-316. Eles voltavam de uma cidade do Nordeste, onde estavam refugiados. O terceiro pistoleiro, também contratado pelo empresário, já foi identificado, mas continua foragido.
Além deles, a polícia identificou Jorge Augusto da Silva, como envolvido. Ele não participou diretamente do crime, mas deu apoio aos pistoleiros. Após o crime, ele deslocou os atiradores para o município de Moju, onde ficaram escondidos durante uns dias.
O delegado Silvio Maués informou que logo após a prisão de Wellington e Carlos André o prefeito da cidade de Tomé-Açu pediu licença médica. E a partir desse momento ele e o pai dele não foram mais vistos na cidade. O mesmo ocorreu com o empresário Raimundo Barros, a última informação que a polícia teve a respeito do paradeiro dele é de que ele estava no Amapá, mas foram feitas algumas buscas no local e ele não foi encontrado.
OAB
O presidente da Ordem dos Advogados do Pará (OAB), Jarbas Vasconcelos, participou do momento de apresentação de um dos envolvidos e aproveitou para elogiar o trabalho da polícia, mas ele afirma que a ordem só vai sossegar quando todos os envolvidos, principalmente os mandantes, estiverem presos. 'É importante dizer que nós acompanhamos de perto o trabalho da polícia e vamos também acompanhar todo o processo judicial de cada envolvido', disse Jarbas Vasconcelos.
"As investigações mostraram que a causa do duplo assassinato foi uma animosidade entre o prefeito de Tomé-Açu e Luciano Capácio, pelo fato de o empresário ter parado de lhe dar apoio político. Luciano almejava a presidência do PSDB na região para se candidatar a prefeito de Tomé-Açu.

Como retaliação, o prefeito Carlos Vinícius mandou cancelar o aluguel do maquinário de propriedade de Luciano Capácio para a Prefeitura Municipal. Houve ainda denúncias feitas por Luciano Capácio, junto com seu advogado, Jorge Pimentel, quanto a supostas irregularidades num empreendimento imobiliário do grupo empresarial do pai do prefeito.

Para calar o empresário, o prefeito e o pai planejaram e encomendaram a morte de Capácio. Para tanto, entraram em contato com “Raimundinho” para que contratasse um conhecido dele, de apelido “Andrezinho”, conhecido pistoleiro em atuação na região de Tomé-Açu. As investigações prosseguem para prender os demais envolvidos no crime."   Blog
Franssinete Florenzano


 
 

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