A "Santa" Inquisição - A Idade das Trevas.
A Inquisição da igreja católica durou 588 anos, deixando um
rastro de milhões de pessoas torturadas, assassinadas, queimadas, decaptadas,
enforcadas e empaladas (uma lança atravessava o corpo do anus à boca).
Os motivos para tais penas iam desde condenar aqueles que
praticavam religiões antigas (acusados de bruxaria e magia), a defensores de
ideias proibidas como: dizer que o sol girava ao redor da Terra, que as
estrelas são sóis e que o universo é infinito.
Mas não foram apenas os católicos que cometeram tais crimes.
Muitas denominações protestantes e evangélicas fizeram os mesmo. Seja nas
guerras contra judeus e muçulmanos, seja na conversão forçada de índios e povos
pagãos que praticavam cultos tradicionais ligados à natureza. Esta é uma sombra
coletiva de todos os cristãos.
Se somarmos os crimes das cruzadas, inquisições, guerras
religiosas, e tantos outros atentados de ações de terror religioso contra
pessoas, povos, países, culturas e religiões, todas elas feitas em nome do
cristianismo e da defesa da religião cristã, temos entre 20 a 40 milhões de
pessoas mortas.
Portanto, se a dor, o sofrimento e o assassinato de Jesus
são capazes de sensibilizar qualquer ser humano, lembrem-se, cristãos, de que o
sofrimento daqueles que morreram assassinados por não aceitarem ser
convertidos.
Mesmo assim, por toda a parte, havia uma constante veneração
às divindades pagãs. Ao longo dos séculos, a estratégia da Igreja Católica não
funcionou, e através da Inquisição, de uma forma ensandecida e sádica, as
autoridades eclesiásticas tentaram apagar de uma vez por todas a figura da Grande
Deusa Mãe, como principal divindade cultuada sobre todos os extremos da Terra.
O Catolicismo medieval transformou o culto à Grande Deusa Mãe, num culto
satânico, promo- vendo uma campanha de que a adoração dos deuses pagãos era
equivalente à servidão a satã.
Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar,
interrogar judicialmente. No caso da Santa Inquisição, significa"questionar
judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem aos preceitos da
Igreja Católica". Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como
Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade
"oficial" de investigar e punir os crimes contra a fé católica.
Na
prática, os pagãos representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a
Inquisição era um recurso para impor à força a supremacia católica,
exterminando todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela
Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como
um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de obter
vantagens políticas.
A caça às bruxas
A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em
Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado
uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo
execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio
de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício.
Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda,
que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges.
O Ad
Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes.
Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a
Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma
"ameaça hostil" ao cristianismo.
Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e
denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil.
Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem
contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades
e riquezas, caso a vítima fosse condenada.
Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua
autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia
incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como
a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a
ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges.
Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino
divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores.
A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.
Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que
podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento
e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única
alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e
a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha
não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura,
obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria,
comumente eram vítimas de estupro.
A execução era realizada, geralmente, em
praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma
forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada,
decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.
Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ficava na iminência de sofrer uma tortura muito especial por parte do clero sedento de sexo.
Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ficava na iminência de sofrer uma tortura muito especial por parte do clero sedento de sexo.
Como
você descobrirá ao ler o "Malleus Maleficarum", o manual operacional
da Inquisição, as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como
prováveis bruxas. Se uma mulher fosse meramente lançada de um lugar alto, como
vemos aqui, podia chamar a si mesma de sortuda por ter uma morte relativamente
rápida e com pouca dor. Como demonstraremos, um espírito demoníaco de obsessão
de desvio sexual e luxúria soprou em toda a Inquisição depois da publicação do
"Malleus Maleficarum"; em 5 de dezembro de 1484, o papa Inocêncio III
emitiu a bula papal que estabeleceu esse documento como o padrão pelo qual a
Inquisição deveria ser conduzida. O celibato clerical já estava em vigor há 361
anos, tempo bastante para tornar os sacerdotes em verdadeiros desviados
sexuais.
Essa obsessão sexual rapidamente cresceu ao ponto em que uma
mulher vivia com medo de que um dia, a partir do nada, pudesse ser acusada por
alguém de ser uma bruxa; visto que a acusação era equivalente à culpa, aquela
mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes
celibatários e com desvio sexual. Essa declaração é fato histórico, e
provaremos isso, por meio do documento oficial da "Santa" Inquisição
católica romana, o "Malleus Maleficarum".
Decidimos não inserir a maioria das gravuras que temos
retratando mulheres desse período histórico sofrendo abuso sexual e sendo
humilhadas durante a Inquisição, simplesmente por que não desejamos mostrar
partes sexuais; entretanto, esta gravura demonstra o fato que as
mulheres sofriam abuso sexual durante a Inquisição, sem ser tão visualmente
obscena.
Aqui, vemos uma mulher condenada, acusada de bruxaria,
despida e sendo forçada a engatinhar, diante dos olhares lascivos da multidão,
para uma gaiola onde ela será colocada e depois pendurada para todos verem. Os
padres acreditavam que uma bruxa perdia seus poderes quando era suspensa do
chão; portanto, quando os soldados da Inquisição prendiam uma mulher acusada de
bruxaria, podiam puxá-la fisicamente do chão e carregá-la à masmorra de confinamento.
Essa gravura transmite a essência dessa crença ridícula.
Um dos mais hediondos de todos os instrumentos de tortura
utilizados contra as mulheres na Inquisição eram os "fura-bruxas",
mostrados em seguida. Como você pode ver, esses instrumentos são na verdade
facas. O "Malleus Maleficarum" declarava que as bruxas têm uma
"marca do Diabo" em algum lugar em seu corpo.
Isso exigia que o
sacerdote investigador fizesse ele mesmo uma inspeção minuciosa no corpo nu da
pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de
homens que agiam como voyeurs, mas ostensivelmente eram forçados a testemunhar
essa "inspeção" por causa de seu ofício religioso!
"Para aumentar o número de toques [perfurações], foi
inventada a noção sutil de que a marca do Diabo deixava um ponto insensível à
dor, discernível apenas por um inspetor perito com uma ponta afiada [uma dessas
facas]. Assim, surgiu uma guilda de 'perfuradores de bruxas', que eram
remunerados apenas quando descobriam uma bruxa, o que por sua vez levou à
'prova cabal' do sistema de usar uma ponta retrátil auxiliar. O 'perfurador'
oficial, tendo dolorosa e visivelmente retirado sangue de vários pontos da
vítima nua, penetrava o perfurador substituto [a faca] ao máximo, surpreendendo
a multidão, e assegurando seus honorários pela bruxa entregue para
julgamento." [Thomkins, pg 391]
Em outras palavras, essa faca retrátil não penetrava na
carne quando era pressionada com força, mas retraía para dentro do cabo. No
entanto, a multidão não sabia disso, e acreditaria que a razão por que a mulher
não gritava, e por que não jorrava sangue ao ser perfurada, era por que ela era
uma bruxa.
Esses "fura-bruxas" procuravam também outras
"marcas do Diabo" no corpo da mulher.
"Segundo a Igreja, em algum lugar no corpo da bruxa, o
Diabo deixava sua marca, a mais óbvia das quais era um mamilo supranumerário —
'sinal seguro' de dedicação à deusa Diana, de muitos seios, a rainha das
bruxas. E, enquanto a profissão médica moderna estima que três de cada cem
mulheres tenham tais vestígios, as chances de 'encontrar' uma bruxa eram
consideráveis. (Nota: O Novo Dicionário Aurélio define
"supranumerário" como "que excede o número estabelecido";
portanto, uma mulher com um mamilo a mais tem um "mamilo
supranumerário")
Certamente, os sacerdotes celibatários e "castos"
estariam muito interessados em examinar cem mulheres para encontrar três que
tivessem um "mamilo supranumerário"! No entanto, os
"fura-bruxas" penetravam cada uma dessas "marcas do Diabo"
com um desses "perfuradores", essas repugnantes facas de exame. Visto
que o episódio inteiro era conduzido por um sacerdote celibatário e
"casto", eles ficavam excitados sexualmente ao examinar as mulheres
dessa maneira. Assim, você pode compreender a próxima revelação de Thomkins.
"... havia aquela depravada compulsão, descrita por
Wilhelm Reich como a 'praga emocional', em que indivíduos sexualmente
não-funcionais, incapazes de sentir prazer na prática natural do sexo, começam
a aliviar sua sexualidade reprimida cortando, dilacerando e queimando a própria
carne que não podem nem beijar, nem acariciar, nem inflamar com prazer."
[Ibidem]
Assim, o celibato — a "doutrina de demônios" —
invadiu e tomou posse de uma parte enorme da "Santa" Inquisição. Para
Satanás, foi fácil invadir a Igreja Católica poderosamente, pois já a tinha
movido para a prática da feitiçaria desde o ano 321, quando o imperador
Constantino afirmou seu comando sobre a igreja. Quando finalmente esse período
da Inquisição começou, a Igreja já estava separada da videira verdadeira —
Jesus Cristo — há mais de 800 anos.
Portanto, a madeira estava muito seca, suscetível ao fogo do
Inferno que Satanás soprou, usando a Inquisição. Um praticante de Magia Negra
pode confirmar para você que o espírito do demônio sexual, Larz, e suas hordas
demoníacas, virtualmente tomaram posse da Inquisição com sua luxúria e suas
obsessões sexuais, uma conquista que foi extremamente fácil devido à imposição
do celibato.
Os sacerdotes católicos tornaram-se assassinos, estupradores e
voyeurs. Um número estimado de 75 milhões de pessoas pagou o preço final,
enquanto milhões de outras foram intimidadas, torturadas, e forçadas a manter
relações sexuais pelos sacerdotes que manejavam essa arma terrível contra as
mulheres que queriam levar para a cama!
Malleus Maleficarum
Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) escrito por
dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger.
O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados.
O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados.
Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois
são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por
supostos "caçadores de bruxas" como uma forma de legitimar suas
práticas.
Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as
pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição:
Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o
acusado um Bruxo.
Se um Bruxo desse testemunho de que o acusado também era
Bruxo.
Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou
antigo companheiro de um Bruxo. Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito.
Hecatombe
Gradativamente, contando com o apoio e o interesse das
monarquias européias, a carnificina se espalhou por todo o continente. Para que
se tenha uma idéia, em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa
lançada num poço e esmagada com pedras; além de quatrocentas pessoas que foram
queimadas vivas.
No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas
em um celeiro ao qual atearam fogo. Os julgamentos em Toulouse, na França, em
1335, levaram diversas pessoas à fogueira; setecentos feiticeiros foram
queimados em Treves, quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos
EUA, os acusados eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas
eram queimadas vivas.
Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes
para prolongar o sofrimento dos condenados. Ainda, a noite de 24 de agosto de
1572, que ficou conhecida como "A noite de São Bartolomeu", é considerada
"a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos".
Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminados cerca de setenta
mil pessoas em apenas alguns dias.
Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no
continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de
Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no
povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual E.U.A.), dezenove pessoas foram
enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de
que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e
trinta e nove pessoas foram queimadas vivas.
No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos,
sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX,
mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em
1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de
nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a
perseguição.
Durante a atuação da Santa Inquisição em toda a Idade Média, a tortura era um
recurso utilizado para extrair confissões dos acusados de pequenos delitos, até
crimes mais graves. Diversos métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo
dos anos. Os métodos de tortura mais agressivos eram
reservados àqueles que provavelmente seriam condenados à morte.
Além de aparelhos mais sofisticados e de
alto custo, utilizava-se também instrumentos simples como tesouras, alicates,
garras metálicas que destroçavam seios e mutilavam órgãos genitais, chicotes,
instrumentos de carpintaria adaptados, ou apenas barras de ferro aquecidas. Há
ainda, instrumentos usados para simples imobilização da vítima. No caso
específico da Santa Inquisição, os acusados eram, geralmente, torturados até
que admitissem ligações com Satã e práticas obscenas. Se um acusado denunciasse
outras pessoas, poderia ter uma execução menos cruel.
Os inquisidores utilizavam-se de diversos recursos para
extrair confissões ou "comprovar" que o acusado era feiticeiro.
Segundo registros, as vítimas mulheres eram totalmente depiladas pelos tortura-
dores que procuravam um suposto sinal de Satã, que podia ser uma verruga, uma mancha
na pele, mamilos excessivamente enrugados (neste caso, os mamilos re-
presentariam a prova de que a bruxa "amamentava" os demônios) etc.
Mas este sinal poderia ser invisível aos
olhos dos torturadores. Neste caso, o "sinal" seria uma parte
insensível do corpo, ou uma parte que se
ferida, não verteria sangue.
Assim, os torturadores espetavam todo o corpo da
vítima usando pregos e lâminas, à
procura do suposto sinal.
No Liber Sententiarum
Inquisitionis (Livro das Sentenças da Inquisição) o padre dominicano Bernardo
Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos para obter
confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do
prisioneiro. Dentre os descritos na obra e utilizados comumente, encontra-se
tortura física através de aparelhos, como a Virgem de Ferro e a Roda do Despedaçamento;
através de humilhação pública, como as Máscaras do Escárnio, além de torturas psicológicas como obrigar a
vítima a ingerir urina
e excrementos.
De uma forma geral, as execuções eram realizadas em praças
públicas e tornava-se um
evento onde nobres e plebeus deliciavam-se com a súplica das torturas e,
conseqüentemente, a execução das vítimas.
Atualmente, há dispostos em diversos museus do mundo, ferramentas
e aparelhos utilizados para a tortura.
Métodos de torturas utilizados
Uma roda onde o acusado é amarrado na parte externa. Abaixo
da roda há uma bandeja metálica na qual ficavam depositadas a brasas. À medida
que a roda se movimentava em torno do
próprio eixo, o acusado era queimado pelo calor produzido pelas brasas. Por
vezes, as brasas eram
substituídas por agulhas metálicas.
ESMAGA-SEIOS
No século XV, as bruxas e a magia estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram tão enraizadas que foi muito ativo o comércio do "óleo santo", cinzas, hóstias consagradas, banha de cadáveres, sangue de morcego e similares. Então as bruxas e os bruxos passaram a ser considerados "hereges".
Assim, o combate à heresia foi levado para o terreno da magia negra. Era comum, também, atribuir-se a uma pessoa bem-sucedida em negócios ou com o dom de sucesso repentino a acusação de magia. Era aplicado também em mulheres para puni-las por adultério, "união sexual com Satã", e também em decorrências de blasfêmias.
E, dentre vários instrumentos de suplícios, geralmente preferia-se recorrer ao ferro em brasa, que o fogo sempre foi mais "eficaz" na luta contra os demônios. Os esmaga-seios, aquecido em brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto voluntário.
Dama de Ferro
A dama
de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das
portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo todo de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que
morressem.
A
primeira referência confiável de
uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de
Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.
Cavalo espanhol
Colocava-se a vítima sentada sobre essa peça com grandes pesos amarrados nas pernas e os braços suspensos para manter o equilíbrio.
Colocava-se a vítima sentada sobre essa peça com grandes pesos amarrados nas pernas e os braços suspensos para manter o equilíbrio.
Peça
metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes, era colocada "sentada" sobre a ponta da pirâmide. O
afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo
pressionasse e ferisse o ânus, a
vagina, cóccix ou o saco escrotal. O
Berço de Judas também é conhecido como Culla di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão), Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).
Garfo ou forquilha do Herege
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.
Uma
espécie de rastelo usado para açoitar a
carne dos prisioneiros.
Pêra
Instrumento metálico em formato semelhante à
fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou
vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usada para punir, principalmente, os condenados por adultério, homossexualidade, incesto ou relação
sexual com
Satã".
A
máscara de metal era usada para punir delitos menores. As vítimas eram obrigadas a se exporem publicamente usando as máscaras. Neste caso, o
incômodo físico era menor do que a humilhação pública.
incômodo físico era menor do que a humilhação pública.
Cadeira
A cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.
A cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.
Cadeira das bruxas
Uma
espécie de cadeira na qual a pessoa era
presa de costas no acento e as pernas voltadas para cima, no
encosto. Este recurso era usado para imobilizar a vítima e
intimidá-la com outros métodos de tortura.
Cavalete
A
vítima era posicionada de modo que suas costas ficassem apoiadas sobre o fio cortante do bloco. Os braços eram
presos aos furos da parte superior e os pés presos às
correntes da outra extremidade. O peso do corpo pressionava as costas do condenado sobre o fio
cortante.
Dessa
forma, o executor, através de um funil ou chifre oco introduzido na boca da vítima, obrigava-a ingerir água. O executor tapava o nariz da vítima impedindo o fluxo de ar e
provocando o sufocamento. Ainda, há registros de que o executor golpeava o abdômen da vítima danificando os órgãos internos da vítima.
Como
um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma
base na qual
encaixa-se o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há
registros de vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.
Aparelho simples composto por placas paralelas de
madeira unidas por duas roscas. À medida que as roscas eram
apertadas pelo executor, as placas, que podiam conter pequenos cones metálicos pontiagudos, pressionavam os joelhos progressivamente, até esmagar a carne, músculos e
ossos. Esse
tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após algumas horas, a vítima, já
com os joelhos bastante debilitados, era submetida a
novas sessões.
O
condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos
e pés ficassem imobilizados. O carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdômen da vítima. Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos internos da
vítima à medida que o carrasco girava o eixo.
Também
era comum que o carrasco elevasse a
vítima a certa altura e soltasse repentinamente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos. Ainda, para que o
suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarrava-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros inferiores.
O
pêndulo era usado como uma "pré-tortura", antes do julgamento.
Potro
Uma
espécie de mesa com orifícios laterais. A vítima era deitada sobre a mesa e seus membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como panturrilha e
antebraço), presos por cordas através dos orifícios.
As
cordas eram giradas como uma manivela, produzindo um efeito como
um torniquete, pressionando progressivamente os membros do
condenado.
Na
legislação espanhola, por exemplo, havia uma lei que regulamentava um número máximo de
cinco voltas na manivela; para que caso a vítima fosse considerada inocente, não sofresse seqüelas irreversíveis.
Mesmo assim, era comum que os
carrascos, incitados pelos interro- gadores, excedessem muito esse limite e a vítima tivesse a
carne e os ossos esmagados.
Tronco
Tronco
Com as pernas esticadas e os tornozelos presos, o
réu ficava dias sofrendo terríveis cãibras, quando não tinham tochas queimando os pés.
Esse instrumento existia nos mercados, feiras ou na entrada das cidades. Considerado de uso obrigatório na Idade Média em quase todas as regiões da Europa, esse e outros instrumentos, como as máscaras da infâmia, fazem parte de uma série para uso de punições corporais, os quais, além de constituírem uma punição para a vítima, eram também um exemplo para os outros. Eram utilizados para proteger a coletividade dos infratores.
Esse instrumento existia nos mercados, feiras ou na entrada das cidades. Considerado de uso obrigatório na Idade Média em quase todas as regiões da Europa, esse e outros instrumentos, como as máscaras da infâmia, fazem parte de uma série para uso de punições corporais, os quais, além de constituírem uma punição para a vítima, eram também um exemplo para os outros. Eram utilizados para proteger a coletividade dos infratores.
Métodos de
Execução
Guilhotina
Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções.
A
lâmina, presa por uma corda e apoiada entre dois troncos verticais, descia violentamente decapitando o condenado.
O serrote era uma das formas mais cruéis de execução. Dois executores, cada um e uma extremidade
do serrote, literalmente, partiam ao meio o condenado, que preso pelos pés com as
pernas entreabertas e de cabeça para baixo, não tinha a menor possibilidade de reação. Devido à
posição invertida que garantia a oxigenação do
cérebro e continha o sangramento, era comum que a vítima perdesse a consciência apenas quando a lâmina atingia
a altura do umbigo.
As
decapitações eram a forma mais comum de execução medieval. A
decapitação pela
espada, por exigir uma técnica apurada do executor e
ser mais suave que outros métodos, era, geralmente, reservada aos nobres. O executor, que apurava sua técnica em
animais e espantalhos, ceifava a cabeça da vítima num
único golpe horizontal atingindo o pescoço do
condenado.
O
machado era usado apenas em conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada com a coluna curvada para
frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único golpe de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a.
Garrote
Um
tronco de madeira com uma tira de couro e um
acento. A vítima era posicionada sentada na tábua horizontal de modo que sua coluna fique ereta em contato com o
tronco. A tira de couro ficava na altura do pescoço e à
medida que era torcida pelo carrasco, asfixiava a
vítima. Há ainda uma variação na
qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, encontrava-se uma punção de ferro.
Esta punção perfurava
as vértebras da vítima à medida que
a faixa de couro era apertada. O condenado podia falecer tanto pela perfuração produzida pela punção quanto pela asfixia.
Gaiolas suspensas
Eram
gaiolas pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a
gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela condição e morria de inanição, ou
frio em tempos de inverno. O cadáver ficava exposto até
que se desintegrasse.
Afogamento
A vítima recebe liquido no rosto ou diretamente na garganta diretamente impedido de respirar.
A vítima recebe liquido no rosto ou diretamente na garganta diretamente impedido de respirar.
Submersão
A
submersão podia ser usada como uma técnica de
interrogatório, tortura ou execução. Neste método, a vítima é amarrada pelos braços e suspensa por uma
roldana sobre um caldeirão que
continha água ou óleo fervente. O executor soltava a corda gradativamente e a vítima ia submergindo no
líquido fervente.
Empalação
Este
método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em
inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a
golpes de marreta. Neste método, a vítima podia ser
posta "sentada" sobre a estaca ou com a cabeça para
baixo, de modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da
resistência física do condenado e do comprimento da
estaca, a agonia se estendia por horas.
Cremação
Este é
um dos métodos de execução mais
conhecidos e utilizados durante a inquisição. Os
condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram
amarrados em um tronco e queimados vivos. Para garantir que
morresse queimada e não asfixiada pela fumaça, a
vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.
Estiramento
A
vítima era posicionada na mesa horizontal e
seus membros presos às correntes que se fixavam num eixo. À medida que o eixo era girado, a corrente esticava os
membros e os ossos e músculos do condenado desprendiam-se. Muitas vezes, a vítima agonizava por várias horas antes de morrer.
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