sexta-feira, 5 de abril de 2013

É possível a sub vida dos Anencéfalos ?





Há poucos casos existentes, no entanto não dá pra ignorar tal possibilidade, ainda que eu ache desnecessário tal sofrimento, mas sim, sou a favor que a pessoa possa ter a opção de ter o bebê mesmo, porque, sofrimento neural não é possível.


É como fosse uma plantinha, que devido seus conceitos religiosos, o casal ou a mãe quer manter a "vida"  e sim os apoio.


Mas quero deixar bem claro que nós pessoas favoráveis ao aborto de anencéfalos, não queremos que seja algo obrigatório, mas sim um direito para quem não quiser passar por esse sofrimento.


Que se tenha garantias legais  de poder interromper a gestação com total amparo do estado, tanto à saúde física quanto a emocional .



Um caso que ficou bem famoso foi o caso da Marcela Jesus.  Ela nasceu com anencefalia e conseguiu   sobreviveu durante 1 ano, 8 meses e 12 dias. 


Obs: Médica concluiu que o bebê Marcela não era Anencéfalo.






Depoimento da mãe do bebê.



"Estou tranqüila, não triste, pois eu cuidei dela até quando Deus quis", comentou a católica Cacilda, de 37 anos. Ela, mesmo diante do diagnóstico de anencefalia, no quinto mês de gravidez, sabendo que eram poucas as possibilidades de sobrevivência do bebê, decidiu não interromper a gestação. 

Contra todos os prognósticos, de que viveria algumas horas apenas, Marcela nasceu em 20 de novembro de 2006 e foi um exemplo para a medicina e para as pessoas contrárias ao aborto. "Ela foi um exemplo de que um diagnóstico não é nada definitivo", disse a pediatra Márcia Beani Barcellos, que sempre acompanhou a menina, inclusive na sexta, até a internação na UTI da Santa Casa de Franca.

"Deus quis a pedra, a jóia, que eu estava lapidando com muito carinho e veio buscá-la; chegou a hora dela mesmo, e foi de repente", comentou Cacilda, que quase não desgrudou de Marcela desde o nascimento. Cuidou da filha no hospital durante alguns meses e, como a família mora num sítio distante da cidade, depois se mudou para uma casa própria, na cidade, a um quilômetro da Santa Casa, para socorrê-la nos casos emergenciais. 

O marido, Dionísio, ficou no sítio com a filha Dirlene, de 16 anos, a que mais ficou triste com a perda da irmã. Débora, de 19 anos, ficou com a mãe na cidade e conformou-se mais rapidamente.

Cacilda só não esteve ao lado de Marcela até o último momento. Após ver a filha ser levada à UTI no hospital francano, ela retornou para casa para tomar banho. Por telefone, o médico plantonista pediu a sua presença imediata no hospital. Ao chegar, Cacilda foi informada que a filha havia falecido menos de meia hora antes.

Enquanto esteve morando na casa de Patrocínio Paulista, cuidando da filha, Cacilda só voltou duas vezes ao sítio nesse período: a última com a filha. Agora, ela não sabe o que fará, se voltará ao sítio ou se continuará na cidade.

Durante o velório, ela demonstrava a mesma serenidade ao falar da experiência de cuidar de Marcela e de sua morte. "A Marcela é um exemplo de amor de uma mãe que sempre quis tê-la, de seguir o que o coração manda, e a Cacilda teve muita dignidade nisso", resumiu a pediatra Márcia.

 O corpo da menina foi sepultado no cemitério de Patrocínio Paulista.
Marcela foi enterrada vestindo uma camiseta com a imagem de Nossa Senhora, calça jeans e sapatinhos. Católica fervorosa, Cacilda deu o nome de Marcela à filha em homenagem ao padre Marcelo Rossi. 

E o nome Jesus foi incorporado ao nome pois a mãe dizia que a filha pertencia a Ele. Para sobreviver, Marcela usava um capacete de oxigênio (raramente ficava sem ele) e era alimentada por sonda, à base de produtos líquidos (sucos, leite e papinhas).

 Chegou a pesar quase 15 quilos. Devido à deficiência, a menina recebia, desde setembro de 2007, um benefício de um salário mínimo (R$ 415), do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
GRUPO VIDA - APOIO E CONTATO ENTRE PAIS DE BEBÊS COM ACRANIA E ANENCEFALIA

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