Norma, filha do padre, casou-se com o ex-noviço Juan Piñero |
A celebração foi oficiada pelos padres Francisco Javier Martín Bautista e Jordi Girau Reverter. Norma Hilda seguiu fielmente as regras do decoro das Salesas e chegou à igreja em um Jaguar alugado e um vestido que cobria seus ombros, assim como com um véu de dois metros.
Piñero é originário de Barcelona e estudou Humanidades em uma instituição dos Legionários de Cristo e na Universidade Francisco de Vitoria – dessa congregação –, onde conhecera Norma Hilda.
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do jornal mexicano La Vanguardia em agosto de 2010
No dia 4 de fevereiro de 2009, tornou-se pública a existência da filha de Marcial Maciel. Na notícia, divulgada então pelo The New York Times, fazia-se referência ao fato de que o fundador dos Legionários de Cristo havia mantido uma "vida dupla" e tivera uma filha com uma amante.
No dia 4 de fevereiro, os Legionários de Cristo reconheceram pela primeira vez que Notre Père (Nosso Pai), como chamavam Maciel, mantivera uma "vida dupla" e reconheciam a existência da jovem, que então tinha 23 anos.
Os primeiros dados de sua identidade foram divulgados semanas depois pelo advogado mexicano José Bonilla, diretor da fundação De La Mano com La Justicia, que anunciou em seu blog que a jovem se chamava Norma Hilda e vivia em Madri, onde "mantém um nível de vida abastado, já que não trabalha, vive em um apartamento de luxo na capital espanhola e conta igualmente com outro apartamento que aluga no mesmo imóvel, que foram adquiridos por Marcial Maciel com o dinheiro dos benfeitores da congregação".
Ele também informava que Norma Hilda havia cursado estudos na Universidade Anáhuac, onde, sem dúvida, "conheciam perfeitamente a sua identidade".
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fevereiro de 2009
Depois desses estudos de jornalismo, Norma Hilda completou a sua preparação acadêmica na Universidade Francisco de Vitoria, em Madri, que, assim como a Anáhuac, pertence à congregação religiosa que seu pai construiu.
Segundo informações de consagradas e de ex-legionários, foi na Universidade Francisco de Vitoria onde Norma Hilda conheceu Juan María Piñero, dentro da Legião, cursou estudos de Humanidades Clássicas e continuou seus estudos na universidade dos legionários.
Na celebração religiosa nessa igreja, cuja fundação remonta a 1749, por ordem da rainha Bárbara de Bragança, participaram familiares e amigos dos noivos.
Na cerimônia, que foi simples e discreta, só foi possível ver um homem com as vestes habituais dos legionários, com colarinho clerical e terno, mas não se tratava de nenhum dos diretores da congregação.
Sobre o sobrenome Rivas da jovem, alguns ex-legionários consultados asseguram que é uma das identidades falsas que Maciel usava para seduzir mulheres ricas das quais obtinha grandes somas de dinheiro para o benefício de sua congregação.
Em agosto de 2009, a revista Proceso deu a conhecer a identidade completa da mãe e da filha, Norma Hilda Baños e Norma Hilda Rivas Baños, respectivamente.
Também divulgou que, nos dias 3 e 7 de março de 2008, a filha e a mãe, respectivamente, obtiveram o visto no Consulado da Espanha no México, o que lhes permitiu gerir na Espanha "a sua residência sem finalidade laboral".
A revista teve acesso a documentos da área de assuntos consulares do Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha, em que constavam os dados detalhados desses vistos.
Dois meses antes que as mulheres recebessem os vistos, ocorreu a morte de Marcial Maciel, no dia 30 de janeiro de 2008, quando, por ordem do Papa Bento XVI, Maciel foi retirado da vida religiosa.
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setembro de 2009
A imprensa espanhola, como o jornal El Mundo, informou (no dia 9 de agosto de 2009) que Norma Hilda Rivas Baños tinha como propriedade "duas casas em seu nome no imóvel exclusivo onde reside e três vagas de garagem na propriedade, tudo pelo valor de 2 milhões de euros" [cerca de R$ 4,5 milhões].
Essas propriedades encontram-se no bairro exclusivo de Conde de Orgaz, em Madri. A revista Proceso conseguiu encontrar outras propriedades que Maciel lhe deixou tanto à mãe quanto à filha.
Além disso, o jornal El Mundo informava que a mãe e a filha recebiam "um suculento subsídio mensal", parte do preço que a congregação teria pago pelo seu silêncio.
Outro cálculo sobre o valor total das propriedades dessas duas mulheres chega a 10 milhões de euros (R$ 22,9 milhões), segundo estimativas da revista Interviú, em meados de 2010.
O jornal espanhol divulgou uma breve conversa com a mãe, na qual ela rompia o silêncio: "Eu nunca teria escolhido esse caminho para a minha vida... quando conheci esse homem (Marcial Maciel), eu era menor... Nem minha filha nem eu sabíamos quem ele era realmente até o final".
No entanto, recentemente o jornalista Jesús Rodríguez revelou que os principais diretores e o círculo próximo de Maciel tinham conhecimento da existência da jovem desde 2005, quando ambas as mulheres acompanhavam o fundador da Legião.
Essa revelação, feita no livro Confesión (Ed. Aguilar), contém fotografias – algumas divulgadas previamente pela revista Interviú – nas quais se vê Maciel, Norma Hilda e sua mãe, na companhia de algumas consagradas do Regnum Christi – o ramo leigo da Legião de Cristo – em uma instalação pertencente à congregação.
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