Um novo estudo aponta que teremos menos carbono a ser
absorvido pelas florestas com temperaturas mais altas que as atuais. Por
Fernanda B. Muller do Instituto CarbonoBrasil
Um novo estudo aponta que teremos menos carbono a ser absorvido pelas florestas com temperaturas mais altas que as atuais
Um novo estudo,
produzido pela NASA e CSIRO, avaliou episódios de transição de períodos
mais frios para mais quentes na Terra para entender como as florestas
estão a comportar-se no atual processo de aquecimento global.
“A ideia era juntar grandes bancos de dados que existem sobre as
concentrações globais de CO2 na atmosfera, e uma série de produtos da
NASA sobre temperatura e precipitação, e correlacionar essas variáveis
para realmente entender o quanto as florestas tropicais estão a
influenciar as mudanças de concentração atmosférica de CO2 ano a ano”,
comentou Pep Canadell, co-autor do estudo, que foi publicado no
periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
A conclusão é que, de facto, teremos menos carbono a ser absorvido pelas florestas com temperaturas mais altas que as atuais.
“O que vimos é que a temperatura sobre os trópicos está realmente a
controlar em larga escala os altos e baixos no CO2 global que vemos
acontecer anualmente devido à variabilidade climática”, comentou
Canadell.
Ele explica que estas pequenas anomalias logo desaparecem, revelando o
quanto o sistema terrestre é resiliente, porém questiona sobre o que
acontecerá quando estas perturbações forem mais consistentes.
“A resposta é que provavelmente veremos um tipo similar de resposta que temos ano a ano, que é um grande declínio na capacidade das florestas tropicais de remover o CO2 atmosférico”, alerta.
Artigo de Fernanda B. Muller, publicada em Instituto CarbonoBrasil
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