quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sintepp desafia juiz e mantém a greve




EDUCAÇÃO
Sindicato contesta a competência dele para julgar greve no serviço público
A greve dos mais de 4,5 mil servidores municipais da Educação de Belém continua e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) decidiu contestar a decisão do juiz da 3ª Vara de Fazenda da Capital, Cláudio Hernandes Silva Lima, que determinou o retorno imediato das atividades, sob pena de multa de R$ 20 mil diários por dia de descumprimento. A decisão do magistrado foi considerada confusa e inválida pelo advogado da categoria, Walmir Brelaz, que questiona a competência do juiz para apreciar o caso, além de inconsistências técnicas. A categoria fará uma assembleia hoje, às 9h, na sede do Clube do Remo. Amanhã, haverá reunião com o prefeito Zenaldo Coutinho, no palácio Antônio Lemos, sede da prefeitura, às 16h. Em protesto, na manhã de ontem, o prefeito foi vaiado e foi executada uma paródia de "Show das Poderosas", da funkeira Anitta, alusiva à greve.
O Tribunal de Justiça do Estado do Pará informou, por meio de nota, que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) deve assegurar o retorno imediato dos professores às salas de aula, sob pena de multa diária de 20 mil reais caso a ordem não seja acatada, conforme decisão do juiz Claudio Hernandes Silva Lima, da 3ª Vara de Fazenda da Capital. Já a Semec declarou, também por nota, que "os professores que aderiram a greve deverão repor as aulas não ministradas".
"Continuamos em greve, pois essa decisão, para nós, não tem valor e ainda podemos recorrer", declarou o coordenador geral do Sintepp, Mateus Ferreira, ao argumentar que a greve não é ilegal e nem abusiva. Segundo ele, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) interpretou equivocadamente a decisão e ele disse estar tranquilo sobre a exigência de cumprimento do mínimo de atividades. "A Semec diz que 95% das escolas estão funcionando normalmente e o juiz só pedia pelo menos 20%; então tudo certo. Na nossa avaliação, a adesão foi de 80%. As escolas que estão funcionando estão trabalhando precariamente e não estão dando aula, mas atividades que não são aulas. O prefeito está punindo os alunos por não negociar logo com a categoria em greve", destacou.
Fonte Jornal O Liberal 
 Belém 11 de Setembro de 2013

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