Dos
cinco candidatos à Presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) que
participaram de um debate com dirigentes e militantes do partido no
Hotel Sagres, ontem à noite em Belém, quatro defenderam o rompimento do
PT com o PMDB em todos os níveis nas eleições do ano que vem. Ao se
pronunciar, o candidato Renato Simões chegou a enfatizar: "O PT do Pará
não pode saber por um jornal que terá que engolir os Barbalhos". Ele
também defendeu candidatura própria do PT do Pará ao Governo do Estado e
não um candidato com "sobrenome Barbalho". Também posicionaram-se
contra coligação com o PMDB os candidatos Paulo Teixeira, Markus Sokol e
Valter Pomar. O candidato Rui Falcão, atual presidente nacional do PT,
não se manifestou sobre essa coligação. O sexto candidato, Serge
Goulart, não veio a Belém.
Rui
Falcão destacou à Imprensa que o PT estadual realizou dez plenárias
regionais e dois encontros, os quais indicaram a coligação prioritária
com o PMDB no Pará e o nome do ex-deputado federal Paulo Rocha como
candidato majoritário nas eleições no Estado. Entre os candidatos a
presidente nacional do PT, o ponto comum é a reeleição da presidente
Dilma Rousseff. A eleição nacional do PT ocorrerá em 10 de novembro, com
32 mil membros do PT do Pará aptos a votar.
Presidente
estadual do PT, João Batista, destacou que somente em dezembro o
partido debaterá o programa de governo e outros temas de campanha, entre
os quais a decisão final sobre coligar ou não com o PMDB no Estado.
Mas, o posicionamento de quatro dos cinco candidatos ontem em Belém terá
peso particular nessa definição de dirigentes e militantes.
O
debate reuniu lideranças do PT no Pará como a ex-governadora Ana Júlia
Carepa, deputados estaduais e candidatos à presidência do Diretório
estadual: deputados federais Cláudio Puty e Zé Geraldo, deputado
estadual Milton Zimmer, Marcos Oliveira e Bira Barbosa. Os candidatos
aos diretórios municipais e distritais podem se inscrever até 11 deste
mês.
Rui
Falcão defendeu a reforma do sistema político nacional, democratização
da mídia, reforma do Poder Judiciário e do sistema tributário e defendeu
uma militância permanente no partido. Markus Sokol lembrou que o PMDB
foi contra a proposta do PT de um plebiscito referente às reivindicações
apresentadas por estudantes e movimentos populares em junho. Ao
defender o rompimento do acordo nacional com o PMDB tanto no 1º como no
2º turno, Sokol classificou como "absurdo um acordo com Jader no Pará".
Fonte; Jornal O Liberal - 07/09/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário