sábado, 4 de maio de 2013

ETANOL DA MANDIOCABA

Pesquisa de produção de etanol a partir da mandiocaba é apresentada na Sepe

O secretário de Estado de Projetos Estratégicos - Sepe , Sidney Rosa, e o secretário adjunto, David Leal, receberam na tarde da quarta-feira (18/05/2011), um dos mais importantes pesquisadores da Embrapa em biotecnologia, Luiz Joaquim Carvalho, para apresentar a um público composto de prefeitos, empresários e representantes de associações de pequenos produtores do Pará sua pesquisa sobre o valor da mandioca açucarada – a mandiocaba – na produção de etanol.
Com resultados relevantes em seu projeto de estudo, o pesquisador destaca que a mandiocaba esbanja glicose e sacarose, fato que faz com que sirva de importante matéria-prima que pode ser convertida em etanol com menos desperdício do que a cana-de-açúcar. A pesquisa revela que, diferente da mandioca tradicional, na mandioca açucarada é possível encontrar 35% de glicose, 10% de sacarose e apenas 2% de amido na raiz, enquanto na cana apenas 12% é açúcar, comparou Carvalho.



Outra potencialidade da mandiocaba é que a sua composição de açúcar permite uma maior rapidez ao processo de conversão em álcool. Enquanto o açúcar da cana leva 14 horas para ser beneficiado, o da mandiocaba leva 10 horas, por dispensar o processo de hidrólise e adição de enzimas importadas, o que reduz o custo energético em até 40%.
Há um grande leque sobre as possibilidades de utilização da mandioca açucarada, desde produtos preparados naturalmente pela indústria alimentícia até sua aplicação também na indústria siderúrgica sem que sobrem resíduos que agridam o meio ambiente.
Por todos os benefícios apresentados na palestra, foi destacada a importância de agregar valor à agricultura familiar e de trazer negócios e investimentos para a Amazônia. O objetivo principal do Governo do Estado seria incentivar este projeto que pode modificar a forma de pensar a agricultura familiar e o investimento para o pequeno produtor, pois o estado é o maior plantador de mandioca do país, porém ainda não é o maior produtor de seus derivados. “No futuro, seria possível que o etanol pudesse ser produzido e utilizado por sua própria comunidade, além de que eles pudessem usufruir de seus derivados. É este tipo de ação que o Estado busca incentivar”, completou Sidney Rosa.
A pesquisa brasileira interessa também aos chineses, que foram representados por uma pequena comitiva presente na apresentação do projeto de pesquisa na Sepe. A intenção seria implantar esse sistema de agricultura e produção de mandioca açucarada na China para investir também no processo de conversão de açúcar em etanol. Também presente no evento, Taizó Yamada, presidente do Instituto My Amazon, entusiasta do projeto de pesquisa, ressaltou que não se pode tratar a natureza esquecendo os 24 milhões de habitantes residentes na Amazônia. “A palavra da vez é desenvolvimento sustentável”, destacou.
Andréa Amazonas - Ascom Sepe 


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