terça-feira, 30 de abril de 2013
Lista teria sido encontrada no computador de prefeito foragido
Uma lista com
oito nomes de pessoas tidas como marcadas para morrer, entre elas, o
padre italiano Célio Torresan e o Secretário Especial de Produção do
Estado, Sidney Rosa, domina as conversas reservadas dos moradores de
Tomé-Açu.
Uma cidade hoje
dominada pelo medo e onde a pistolagem, a execução a tiros de pessoas
de qualquer posição econômica ou social, continua sendo considerado
quase que um fato corriqueiro.
Mesmo que essa
ação criminosa tenha sofrido um revés nas últimas semanas, com a pronta
ação da Polícia Civil após as mortes do empresário Luciano Capácio e do
advogado Jorge Pimentel, que já resultou na prisão de dois dos três
pistoleiros que participaram das execuções e na decretação da prisão do
prefeito do município, Carlos Vinícios, do PMDB, do seu pai, o
empresário Carlos Vieira, acusados de serem os mandantes das mortes, e
de Raimundo Barros, apontado pela polícia como quem contratou os
pistoleiros.
Carlos Vinícios
solicitou à Câmara Municipal uma licença de quatro meses, mas foi
embora sem esperar pela resposta, sendo atualmente considerado foragido
da Justiça.
A lista teria sido encontrada pela polícia no computador particular de
Carlos Vinícios, durante as investigações sobre as execuções de Capácio e
Pimentel, ocorridas na noite do último dia 2 de março.
Ela teria sido
elaborada ano passado com a ajuda de outras pessoas que fazem parte do
grupo político do prefeito, numa sala de uma emissora de rádio local.
O ex-prefeito de Tomé-Açu, Francisco Eudes, do PSDB, não faz segredo
dessa reunião: ‘Ela aconteceu na rádio do Zé Alves (José Alves Bezerra
que, pelo PMDB, governou por duas vezes Tomé-açu, de 1989 a 1991 e de
1997 a 2000), de onde partiu toda essa bandidagem’, dispara Eudes.
Ele disse que
uma semana antes das mortes de Luciano Capácio e Jorge Pimentel, que era
advogado do PSDB, tinha sido fechado um acordo para que Luciano o
apoiasse nas eleições do próximo ano, na disputa por uma vaga na
Assembléia Legislativa, e que, em 2016, ele apoiaria Luciano para ser o
próximo prefeito de Tomé-Açu.
Capácio era aliado político de Vinícios, que não teria aceitado a saída
dele do PMDB.
‘Agora esse
pessoal manda assombrar o povo daqui (de Tomé-Açu), onde todo mundo sabe
que um dos pistoleiros que mataram o Luciano era empregado da
prefeitura’, diz o empresário. Procurado pela reportagem, Zé Alves não
quis falar das acusações de Eudes.
Fonte: O Liberal
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