Gravação apontaria pagamento de propinas a juízes do TRE, para evitar cassação de políticos paraenses. Integrantes do tribunal pedem investigação. MPF e Polícia Federal já apuram o caso. Inquérito corre em segredo de justiça. Ex-prefeito Antonio Armando, que seria o intermediário das propinas, será interpelado pela Advocacia Geral da União.
Da
Assessoria de Comunicação do MPF/PA, com título do blog - O Tribunal
Regional Eleitoral do Pará (TRE) enviou, no último dia 31 de outubro,
informações ao Ministério Público Federal (MPF) e à Advocacia-Geral da União
(AGU) sobre uma gravação em que o ex-prefeito de Marituba, Antônio Armando
Castro, e o prefeito de Marabá, João Salame Neto, conversam sobre a
possibilidade de pagar membros do Tribunal para obter resultados favoráveis em
processos de cassação.
Salame foi julgado nesta
terça-feira, 5 de novembro, pelo TRE acusado de compra de votos na eleição de
2010. Ele teve o mandato cassado por três votos a dois.
A gravação da conversa entre
Antonio Armando e João Salame foi enviada ao presidente do TRE, desembargador
Leonardo de Noronha Tavares, pelo advogado Inocêncio Coelho.
Inocêncio é advogado de João
Salame no processo que tratava de sua cassação.
Durante a conversa, Antônio
Armando afirma diversas vezes ter intermediado o pagamento de propinas a
membros do Tribunal, conseguindo, segundo ele, evitar cassações de outros
políticos.
Atendendo ao pedido do TRE, o MPF
requisitou à Polícia Federal que investigasse os fatos, em inquérito policial
que, neste momento, corre em segredo de justiça.
A Advocacia-Geral da União, que
tem a função de defender a corte eleitoral, irá, ainda nesta semana, interpelar
judicialmente o ex-prefeito Antônio Armando para que confirme as afirmações que
faz na gravação.
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