RELATORA
Deputada Bernadete Ten Caten aprecia 25 projetos oriundos do sul-sudeste
Evandro Corrêa
Sucursal do Sul e Sudeste do Pará
O Senado
aprovou esta semana o Projeto de Lei que permite a criação de novos
municípios no País. No Pará, a deputada Bernadete Ten Caten (PT) é
relatora de 25 processos, que pedem a criação de 25 novos municípios nas
regiões sul e sudeste do Estado. Proposto em 2008 pelo Senado, o
projeto foi alterado na Câmara e, por isso, voltou aos senadores. Agora,
seguirá à sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff. Segundo o
relator da proposta, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o projeto já
permitiria dar início a processos de emancipação e transformação em
município de ao menos 188 distritos.
Emenda
constitucional aprovada em 1996 proibiu a criação de municípios por
leis estaduais e estipulou que a autorização fosse por lei complementar
federal. A matéria aprovada pelo Senado regulamenta a Constituição ao
estabelecer regras de incorporação, fusão, criação e desmembramento de
municípios e determina que distritos poderão se emancipar após
plebiscito.
O
texto aprovado é um substitutivo, com várias alterações no projeto
original, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O
substitutivo aprovado fixa como primeiro passo para a criação de um
município a apresentação, nas Assembleias Legislativas, de um pedido
assinado por 20% dos eleitores residentes na área geográfica e
diretamente afetada, tanto no caso da criação ou desmembramento, quanto
nas situações de fusão ou incorporação.
Após o
pedido, a Assembleia Legislativa fará "estudo de viabilidade" do novo
município. Se houver viabilidade financeira e populacional, com base nos
critérios estabelecidos na lei, haverá plebiscito. Os senadores
retomaram o projeto inicial do Senado e retiraram do texto aprovado na
Câmara a possibilidade de se criar novos municípios em áreas de reserva
indígena, de proteção ambiental ou pertencentes à União. De acordo com
relator da proposta, não há estimativa de custo à criação dos
municípios, com cargos e instalação de prédios públicos, como os das
câmaras de vereadores, por exemplo.
Segundo
Valdir Raupp, os novos municípios receberão recursos que seriam
aplicados em outras regiões do mesmo Estado. Ou seja, não vai aumentar
um centavo nem para União nem para os Estados. "Não vai sair (recurso)
dos municípios de cada estado. Vai ser desmembrado um pequeno percentual
das cotas do fundo de participação [...] e de arrecadação com ICMS. O
‘município-mãe’ vai perder percentual, isso é natural", explica Raupp.
Fonte Jornal O Liberal - 20/10/2013
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