sexta-feira, 21 de junho de 2013

No País, 81 milhões usam a internet





Expansão entre os mais pobres e nas zonas rurais ainda é desafio
O Brasil tem 80,9 milhões de usuários de internet, aponta pesquisa divulgada ontem pelo Centro de Estudo sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br). A oitava edição do levantamento Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) Domicílios mostra que houve um aumento de 15 pontos percentuais na proporção de pessoas que utilizam a rede mundial de computadores no País nos últimos cinco anos, passando de 34%, em 2008, para 49%.
Apesar do avanço, o estudo revela dificuldades para a expansão da internet especialmente em classes sociais mais baixas e nas zonas rurais. Nas classes D e E, 80%, ou 68 milhões de pessoas, nunca usaram a internet. Na média geral, o custo elevado foi apontado como a principal razão para a falta de internet no domicílio, tendo sido citado por 44% dos entrevistados. Esse percentual, entretanto, está em queda desde 2008, quando a taxa era de 54%.
Na zona rural, apenas 10% dos domicílios estão conectados, enquanto na área urbana, o percentual chega a 44% das residências. A média brasileira é 40% dos domicílios com internet, um acréscimo de 4 pontos percentuais na comparação com a última pesquisa (36%). A falta de disponibilidade é o principal motivo apontado pelos entrevistados em domicílios da zona rural. O estudo consultou 17 mil pessoas em todas regiões do País.
"Observamos maior crescimento nos mercados mais atrativos, como Sul e Sudeste, onde há maior concentração de provedores. Essa dinâmica de mercado precisa ser tratada pelas políticas públicas, por um arcabouço regulatório. Estamos chegando a um esgotamento [das ações já implementadas]. Se temos interesse em levar a banda larga para 100% dos domicílios brasileiros, algo de diferente precisa ser feito", avaliou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. Barbosa citou como ações que deveriam ser ampliadas, as desonerações de mecanismos de acesso à internet.
Na comparação entre classes sociais, a disparidade do acesso à internet nas residências chega a 91 pontos percentuais. Enquanto na classe A o percentual chega a 97%, nas classes D e E, ele é 6%. Observa-se, por outro lado, forte crescimento, nos últimos cinco anos, nas classes B (de 58% para 78%) e C (de 16% para 36%).

Nenhum comentário:

Postar um comentário