domingo, 2 de junho de 2013

Duzentas mulheres agredidas por mês no Pará


TJE lança projeto para enfrentar a violência doméstica, que cresce no Pará

Mais de 200 atendimentos de violência doméstica e familiar contra mulher são registrados todos os meses nas Varas Especializadas do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), na capital. Mais de 90% dos casos são contra mulheres de baixo poder aquisitivo ou desempregadas. E o mais grave: cerca de 80% das agredidas retomam o convívio com o agressor por conta da falta de amparo financeiro e da dependência psicológica. Os números fazem parte de um levantamento feito pelo Setor Multidisciplinar do TJE e vai integrar o projeto 'Mudando a História: uma vida sem violência' que será lançado nesta segunda-feira, dia 3, às 14 horas, no auditório Agnano Monteiro Lopes, no Fórum Cível.
O projeto tem o objetivo de capacitar os operadores que trabalham na rede de atendimento ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher, permitindo que tenham conhecimento e informação quanto à aplicação da Lei Maria da Penha. A expectativa é de que estes agentes possam identificar e lidar com o enfrentamento desse tipo de violência, reunindo condições para solucionar o problema. A palestra de abertura será da juíza Rubilene Silva Rosário que vai falar ao público sobre os aspectos históricos da Lei Maria da Penha. As demais aulas serão ministradas no decorrer do mês de junho, sob a coordenação da desembargadora Maria de Nazaré Saavedra de Guimarães, juízes das Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, promotores de Justiça e defensores públicos vinculados ás referidas varas, bem como a Câmara Municipal de Ananindeua e a Prefeitura de Ananindeua. A capacitação será feita pelo I Curso para Atendimento Especializado à Mulher Vítima de Violência e é voltada aos integrantes do projeto Haabe, que ajuda as mulheres vítimas de violência doméstica em todas as áreas, e técnicos da Secretaria Municipal e Assistência Social do Município de Ananindeua. A metodologia participativa utilizada nas aulas será a escuta mútua, dinâmicas de grupo, exposição dialogada, filmes e vídeos. Fonte: O Liberal

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