Tailândia é hoje uma metrópole regional. Em onze anos, sua população passou de 38 mil para 90 mil habitantes. Mas não é apenas o crescimento demográfico que eleva o município ao patamar de metrópole na região. Segundo o secretário especial de Promoção Social, Nilson Pinto, que visitou a cidade nesta quarta-feira (26), Tailândia conquistou aparelhos urbanos como a Escola de Trabalho e Produção, o Hospital Regional, o Quartel Regional da Polícia Militar, construiu escolas e criou várias outras referências que destacaram o município no cenário regional.
Onze anos é o tempo que Nilson Pinto acumula de estreita relação com Tailândia. Ele esteve lá pela primeira vez em 2001, também na condição de secretário de Promoção Social, para tratar de questões relacionadas à educação. Na ocasião, assumiu dois compromissos: construir uma grande escola de ensino médio e implantar uma escola técnica. Os dois foram cumpridos, dando início a uma parceria que foi além do setor educacional e que tinha como principal meta tirar o município da condição de um quase vilarejo na margem da PA 150. “Vi Tailândia na lista dos municípios mais violentos do Brasil e Tailândia saiu dessa lista. Vi Tailândia na lista dos municípios que mais devastavam a natureza e hoje vi Tailândia ser elogiada por ambientalistas na Rio+20, o que seria impensável alguns anos atrás”, comparou o secretário. Segundo ele, Tailândia passou por um processo muito difícil, mas está superando essas dificuldades com um trabalho consiste de consolidação da cidadania, conduzido pelo prefeito Gilberto Sufredini.
“Esse respeito à dignidade do cidadão tem a educação como grande aliada. Quando a gente inaugura uma escola, estamos contribuindo para isso”, disse o secretário durante encontro com professores do município, antes de participar da inauguração da escola municipal “Maria do Carmo da Silva Paiva”. Ele observou que, quando se discute a educação, geralmente se fala na necessidade de construir escolas, reformar escolas e pagar os professores corretamente. “Mas o nó grave a ser desatado é a baixa qualidade da educação no Estado”, apontou o secretário, mencionando números do MEC de 2009 (os de 2011 ainda não foram divulgados), relativos à Prova Brasil, que avalia o desempenho dos alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio nas disciplinas Português e Matemática. No Pará, segundo esse levantamento, apenas 15% dos alunos de 4ª série do ensino fundamental conseguiram média satisfatória em Português. Na 8ª série, esse percentual caiu para 13%. No 3º ano do ensino médio, também apenas 13%
tiveram aproveitamento satisfatório.
Em Matemática, o quadro é ainda mais desalentador: na 4ª série, 12% tiveram resultado satisfatório; na 8ª séria, apenas 7%; e na 3ª série de ensino médio, só 3,1%. O resultado é que, em Português, o Pará está cerca de 50% abaixo da média nacional e, em Matemática, 70%. “Temos que fazer um esforço enorme para dar a volta por cima. Esse é o nosso grande desafio”, conclamou o secretário. Ele informou que o Estado vai investir nos próximos cinco anos US$ 300 milhões para “mexer na questão básica da educação”, que é a qualidade. “Não é possível resolver o problema se trabalharmos apenas as escolas estaduais. Temos que trabalhar junto com os municípios. O estado tem 700 mil alunos; os municípios têm 1.300.000 alunos. É preciso juntar forças. Esse município pode ser o exemplo e dar mostra da virada possível na educação do Pará”, concluiu Nilson Pinto.
Nilson Pinto e o prefeito Gilberto Sufredine inauguram escola em Tailândia
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