terça-feira, 5 de março de 2013

Deputado Nilson Pinto lamenta subserviência do Congresso Nacional

O deputado Nilson Pinto (PSDB-PA) fez um pronunciamento ontem na Câmara dos Deputados, no qual criticou duramente a postura subserviente do Congresso Nacional perante o Poder Executivo. O deputado tucano destacou o acúmulo de vetos presidenciais sem apreciação no Congresso, observando que o Parlamento abre mão de seu papel essencial e perde respeito.
"De nada adianta o Congresso pedir respeito à população se ele próprio não se respeita. É por isso que, a cada vez que se pesquisa a credibilidade das instituições perante a sociedade, o Congresso ocupa sempre os últimos lugares na avaliação da opinião pública", disse Nilson Pinto.
O parlamentar disse ter feito essa reflexão porque acredita que o Congresso "chegou ao fundo do poço" e também porque acredita que a apreciação do veto à lei dos royalties do petróleo, que acontecerá amanhã, vai ensejar a possibilidade de mudança de rumo.
"Amanhã, temos a chance de iniciar um novo movimento de valorização do Congresso Nacional, em direção à redenção da atividade parlamentar", observou. Nilson Pinto esclareceu que sua manifestação não se trata uma pregação para que o Congresso Nacional seja contra os outros Poderes: "Trata-se de defender que o Congresso não seja contra si mesmo. Trata-se de fazer valer as prerrogativas que ele tem, em respeito à população que o elegeu".
Para o deputado, a subserviência do Congresso Nacional ao Executivo não se esgota apenas na questão dos vetos. Ela acabou contaminando toda a ação congressual, estendendo-se à multiplicidade de medidas provisórias ou à isenção de impostos cuja distribuição é compartilhada com estados e municípios.
"A isenção do IPI de veículos e eletrodomésticos da linha branca, por exemplo, é excelente para preservar indústrias de grande porte e empregos no Sul-Sudeste do Brasil. Entretanto, é um desastre para estados e municípios porque subtrai recursos dos Fundos de Participação dos estados e dos Municípios, o FPE e o FPM. O resultado? Demissões em todo o País, além de perdas significativas no Fundeb", explicou o deputado, acrescentando que forma como é debatido e votado o Orçamento Geral da União também está distanciada de um modelo com real participação do Congresso.
"Infelizmente, tais medidas são rotineiras. E o Congresso permanece inerte, silente, calado, mesmo vendo ser prejudicada severamente à população que ele representa", lamentou, citando mais exemplos. "O rol dos exemplos de subserviência, cristalizada pelo tempo, não para aí. E o caso da forma como se dá a discussão do Orçamento Geral da União chega a ser dramática. No Brasil, onde a subserviência chegou ao ponto de o Parlamento ser proibido de propor qualquer medida que implique em criar despesas para o Executivo. Afinal, o Executivo é o ‘poder’ por excelência na apreciação da peça orçamentária. Mas o máximo que se admite é que o Congresso apresente emendas de pequena escala. Emendas que, na maior parte das vezes, nem sequer são pagas", protestou.

Fonte: Assessoria do Deputado. 05 de Março de 2013

 
   
 
 

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