A compra foi autorizada pelo Conselho de Administração da Petrobras, na época presidida pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Dilma admitiu que tomou a decisão com base em relatório falho elaborado pela ex-diretor da área internacional da Petrobras Néstor Cerveró.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), não foi consultado. Fonte: Blog do NOBLAT
O senador
Mário Couto (PSDB-PA) pediu ontem o impeachment da presidente Dilma
Rousseff por causa da compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena,
nos Estados Unidos. O requerimento será protocolado hoje na Câmara dos
Deputados. O senador acusa a presidente de ter praticado crime de
improbidade administrativa, por aprovar, em 2006, essa compra, com base
em um laudo falho elaborado pela ex-diretor da área internacional da
Petrobras Néstor Cerveró, que recomendava a transação. À época, lembrou
Mário Couto, Dilma Rousseff era ministra-chefe da Casa Civil e
presidente do Conselho de Administração da Petrobras, órgão responsável
por aprovar a operação.
"A
nossa presidente sabia. Ela que não venha fazer a mesma coisa do
(ex-presidente) Lula, que nunca sabe e nunca viu! A nossa presidenta
sabia! Ela declarou isto por escrito que sabia", disse o senador,
referindo-se à nota da presidente Dilma enviada à imprensa no início da
semana, em que ela confessa que a transação foi autorizada mediante
parecer "técnico e juridicamente falho". "Dilma, você confessou um
crime. E agora, açodadamente, você fez uma carta e declarou um crime de
improbidade administrativa. Por isso, quero hoje aqui, não quero como
oposição, eu quero como brasileiro protocolar o pedido de impeachment",
completou.
O
senador tucano garantiu que recebeu orientação técnica da equipe
jurídica de seu gabinete e está certo de que o pedido é válido. "O
artigo 85 da Constituição Federal, diz que são crimes de
responsabilidade os atos da Presidência da República que atentem contra a
Constituição, principalmente, contra a probidade na administração. Na
verdade, ela cometeu um crime de improbidade administrativa. Ela
confessou que assinou sem ler. E nós fomos mais longe: nós pegamos a Lei
1.079 de 10 de Abril de 1950, sobre a probidade na administração, a
guarda e o legal emprego do dinheiro público. A Lei diz, em seu artigo
14, que é permitido a qualquer cidadão denunciar o presidente da
República ou ministro de Estado por crime de responsabilidade perante a
Câmara dos Deputados. Então, já estou protocolando o pedido na Câmara",
explicou, destacando que essa iniciativa pessoal tem apoio do seu
partido e dos outros líderes da oposição.
FONTE: O LIBERAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário