Janeiro de 2014 começa com a esperança de diálogo entre as nações
Dia
Mundial da Paz, propício ao diálogo entre os povos: estas são as
características preconizadas para o primeiro dia de cada ano,
respectivamente pelo Papa Paulo VI, no ano de 1968, e pela Organização
das Nações Unidas, que o reconhece como o Dia da Confraternização
Mundial. Trata-se, portanto, bem mais do que o início de um novo ano: o
1º de Janeiro tem um significado especial para a humanidade. "Essas
temas são importantes no contexto da família e da comunidade mas,
sobretudo, no âmbito internacional", defende o frei Nilton Leandro,
pároco dos Capuchinhos. "Há vários conflitos acontecendo, principalmente
ligados a questões religiosas e culturais, e nesse momento a gente se
dá conta da necessidade da tolerância religiosa. É uma ocasião oportuna
para refletir e também para encontrar caminhos para a paz".
As
religiões, acrescenta o frei, também podem contribuir para a promoção da
paz, assim como cada pessoa e outras entidades. "Eu penso que a paz
está relacionada à justiça. A violência que nós temos hoje no Brasil tem
muito a ver com a injustiça social. Então, um dos elementos sobre os
quais tem que se atuar é a justiça, a dignidade humana. A Igreja tem
feito sua parte, através da Cáritas, por exemplo", avalia. Leandro
ressalta, ainda, a importância da luta contra o tráfico de drogas e o
tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade no ano que se inicia.
O
pastor Samuel Câmara, da Igreja Assembleia de Deus, ressalta que
qualquer data que promova a paz e a comunhão entre os povos e as pessoas
é importante. "Dependemos da paz para construir uma sociedade sólida e
um mundo melhor". A data também é propícia, segundo ele, "principalmente
por ser o dia em que as pessoas planejam suas ações para viver melhor
ao lado da família, dos amigos, da sociedade. É o instante também em que
avaliamos o nosso comportamento e, para isso, dependemos da bênção de
Deus".
Presidente da União
Espírita Paraense, Najda Santos considera os dois temas celebrados no
dia 1º muito importantes. "É o que a humanidade está precisando. Os
espíritas falam o ano inteiro da paz. O Evangelho de Jesus Cristo conduz
as pessoas à paz, à tranqüilidade, à confiança, á saúde física,
psicológica e espiritual", observa. Para Najda, as pessoas costumam
refletir mais sobre esses temas durante o Natal. "No Ano-Novo é muita
festa, mas o que se faz mesmo pela paz?", questiona.Fonte: Jornal Amazônia