Homem atropelou um casal e fugiu; caso aconteceu em julho de 2011.
Primeira audiência do caso foi realizada nesta quarta(19/05/2014), em Cascavel.
O motorista de um Camaro amarelo, acusado de atropelar um casal e não prestar socorro às vítimas, pode ir a júri popular. A primeira audiência realizada nesta quarta-feira (19), em Cascavel, no oeste do Parana, mudou a denúncia contra o o motorista. Ele havia sido indiciado por homicídio culposo, sem a intenção de matar, com agravante de omissão de socorro. Na audiência, o promotor Eduardo Labruna disse que o caso vai ser analisado como homicídio doloso, onde há a intenção de matar.
“Isso muda completamente a acusação, porque a sensação de impunidade que um sujeito mata, tira a vida de uma menina de 18 anos e, depois, simplesmente, vai ali e paga uma cesta-básica, isso não vai acontecer mais. Pelo contrário, ele pode ser levado ao tribunal do júri”, explicou o advogado de acusação Luciano Kataranhuk. Se condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.
O acidente aconteceu na noite do dia 14 de julho de 2011, quando o
motorista do Camaro fugiu após bater em uma motocicleta que era ocupada
por um casal. A mulher morreu na hora e o condutor ficou em estado
grave, mas se recuperou. Como existiam poucos carros do mesmo modelo na
cidade, o veículo foi encontrado no dia seguinte, na garagem de uma
transportadora. Na época, o homem, que é empresário, disse que só
falaria em juízo.
O empresário que atropelou e fugiu do local esteve na audiência desta quarta, mas não quis falar com a imprensa.
"Acreditamos na Justiça"
Ainda muito abalados, os pais da jovem disseram que acreditam na Justiça. “Com certeza, o juiz, o promotor são pais, têm filhos, e sabem o que a gente está passando. É muito difícil falar, é um pesadelo, é um sofrimento sem fim”, falou a mãe Adautina de Moura, emocionada após a audiência. Para o pai, o sentimento é de “mágoa”. “Se ele tivesse prestado socorro, a nossa mágoa não seria tanto. Agora, a gente acredita na Justiça, somente na Justiça”, garantiu Ademir de Moura.
Ainda muito abalados, os pais da jovem disseram que acreditam na Justiça. “Com certeza, o juiz, o promotor são pais, têm filhos, e sabem o que a gente está passando. É muito difícil falar, é um pesadelo, é um sofrimento sem fim”, falou a mãe Adautina de Moura, emocionada após a audiência. Para o pai, o sentimento é de “mágoa”. “Se ele tivesse prestado socorro, a nossa mágoa não seria tanto. Agora, a gente acredita na Justiça, somente na Justiça”, garantiu Ademir de Moura.
Ao G1, o advogado de defesa Helio Ideriha Júnior
afirmou que toda a família do empresário lamenta a morte da jovem e
negou que o cliente tenha omitido socorro às vítimas. “Em nenhum momento
foi negado atendimento, em nenhum momento ele deixou de socorrê-los.
Agora, o que a defesa não vai admitir é que a responsabilidade sobre o
acidente seja atribuída ao dono do carro, só porque tem uma condição de
vida melhor”, disse.
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