Resistência
Diversas tendências do PT são contra a submissão do partido ao PMDB
Uma
frente reunindo tendências do Partido dos Trabalhadores (PT) no Pará
definiu ontem à noite, em reunião na sede da Associação Paraense das
Pessoas com Deficiência (APPD), o nome do deputado federal Cláudio Puty
como pré-candidato a governador do Estado, em oposição à proposta de
coligação do partido com o PMDB nas eleições majoritárias deste ano. O
nome de Cláudio Puty será protocolado no PT do Pará na semana que vem,
como uma opção a ser debatida no Congresso estadual do partido, no final
de março. Uma série de ações está sendo programada pela frente, para
defender a candidatura própria junto aos militantes do partido em Belém e
em municípios do interior do Estado. Durante a reunião, houve
pronunciamentos enfatizando que a coligação com o PMDB acabou
prejudicando muito o governo Ana Júlia.
A
ex-deputada estadual Regina Barata destacou que cresce a adesão de
integrantes do partido à proposta de candidatura própria. Ela assinalou
que reunião anterior sobre o tema reuniu só 30 pessoas e ontem eram mais
de 100. "É importante se observar que o que está em jogo nesse debate
sobre a candidatura do partido para o governo do Estado nas próximas
eleições não são as tendências, mas o futuro do partido; somos o
patrimônio do PT e temos que ter posição bem clara sobre esse processo e
avançar com o debate", afirmou Regina, antes de pedir ao deputado
federal Cláudio Puty para dizer se se concorda ou não em ser
pré-candidato próprio do partido. Em resposta, Puty agradeceu o convite e
destacou que desde agosto do ano passado o seu nome está à disposição
do PT como candidato próprio do partido ao governo do Estado. "Devemos
nos preparar para os ataques que virão, mas eu reafirmo aqui a minha
disposição de defender o nosso partido", afirmou.
"Precisamos
resgatar a experiência vitoriosa do PT no governo do Estado, falar dos
projetos sociais que foram desmontados pelo atual governo e mostrar que o
PT tem condições de governar o Pará". Cláudio Puty destacou não ser
contra a coligação do PT com o PMDB, "desde que o PMDB apoie a nossa
candidatura". Ele disse que a candidatura própria no Estado não vai de
encontro à proposta de reeleição de Dilma Rousseff e disse que em vários
estados do País, PT e PMDB não estão juntos, como, por exemplo, São
Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Fonte: Jornal O Liberal - 18 de Fevereiro de 2014
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