O vereador José Ernesto (PHS),
por diversas vezes já usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Goianésia do
Pará, para denunciar estes desmandos do prefeito “Russo”,
WELLINGTON HUGLES
De Goianésia do Pará
Foto: Wellington Hugles
Os familiares dos estudantes
que necessitam de transporte escolar no município de Goianésia do Pará, sudeste
paraense, denunciam inúmeras irregularidades praticadas pela prefeitura municipal,
responsável pela garantia do transporte dos alunos da rede municipal, que residem
na zona urbana e rural da cidade, entre as denúncias: a superlotação dos veículos,
a falta de monitores para acompanhar e orientar os estudantes no momento da
subida, descida e travessia de vias, além dos atrasos nos pagamentos aos proprietários
dos ônibus, que já ultrapassa mais de 6 meses, podendo ocasionar a suspensão do
transporte dos alunos a qualquer momento, impossibilitando o fechamento do ano letivo.
Os estudantes de Goianésia do Pará,
município localizado as margens da PA 150, sudeste do estado, atravessam uma
das piores crises na prestação dos serviços de transporte escolar.
Os pais dos alunos estão preocupados
com o número excedente de estudantes que são transportados diariamente das diversas
vilas e localidades da zona rural, para a centro da cidade, como: Capão da Onça, Santa Paula, Porto
Novo, Quatro Bocas, Cikel, Jutuba, Vila Janari, Vila Aparecida, Estrada do
Pitinga, PA150 do centro urbano até o KM 121, onde a superlotação coloca em risco
a integridade física dos estudantes.
A equipe de reportagem, acompanhou
na manhã desta quarta-feira (26/11/2014), as viagens dos ônibus, nas inúmeras localidades
do município, observando in loco, as denúncias dos moradores, comprovando que os
estudantes são obrigados a acordar na madrugada, para estarem as 5:00 h da manhã
nas vicinais, e as margens da PA 150, para aguardarem o transporte escolar.
Os estudantes que pegam o
ônibus por primeiro, têm a sorte de viajarem sentados, haja vista, a capacidade
de cada veículo ser de até 45 passageiros sentados, mais conforme constatado, na grande
maioria, os ônibus chegam à zona urbana, após uma maratona de mais de duas
horas de viagem, superlotados com o dobro da sua capacidade.
Os estudantes reclamam que
desde o início das aulas em fevereiro, isso vem ocorrendo, mesmo com a
desistência de muitos alunos, o ônibus ainda fica lotado em função a redução do
número de ônibus em todas as vilas e localidades da zona rural pela prefeitura
de Goianésia do Pará. Colocando em risco todos os estudantes que são obrigados a
ficarem em pé, por várias horas, iguais a “sardinhas enlatadas”.
O retorno fica ainda pior,
pois a grande maioria dos veículos quando voltam para as vilas, levam ainda os seus
moradores, que ocupam os lugares dos alunos, levando ainda como bagagem, os "ranchos
e mantimentos".
Os motoristas, mesmo sabendo da proibição do transporte de
terceiros nos veículos escolares, são obrigados a cometerem este equivoco, em
função a uma orientação do prefeito, de que, “tem que levar qualquer pessoa no
transporte escolar”.
O mais grave, é a ausência de monitores,
para acompanhar os estudantes nas viagens, colocando em risco de acidentes os
alunos menores, que descem nas margens das rodovias e vicinais de grande tráfego
de veículos, e ficam a mercê da própria sorte, sendo mais preocupante, no
transporte dos estudantes nos barcos, que atendem a região das ilhas, onde não existe,
nenhum controle ou interesse, por parte da prefeitura na fiscalização.
A Secretaria de Educação de Goianésia
do Pará informou que o transporte escolar do município é um dos “melhores da
região”, e atende cerca de 1.800 alunos, do total dos 12 mil matriculados em
2014.
Segundo a secretária adjunta
de Educação Professora Maria Emília, o município tem em sua frota: 2 micro
ônibus e 2 ônibus próprios doados pelo MEC através do Programa “Caminho da
Escola”, além de 24 ônibus, 3 Kombis, 2 vans e 14 barcos todos alugados, atendendo
aos estudantes em dois turnos (manhã e tarde), e que, é proibido o transporte
de alunos em pé, além da lotação sentada, e de pessoas que não sejam estudantes
nestes veículos, mas infelizmente o que se observou em todas as viagens, pela
equipe de reportagem, foi o contrário destas afirmações.
Calote - Os proprietários dos veículos
e barcos alugados para a Prefeitura de Goianésia do Pará, denunciam o “calote”
pelo atraso de mais de 6 meses dos valores dos aluguéis, inclusive, tem
proprietário de ônibus que já amarga quase 16 meses sem receber os valores dos
três veículos alugados a prefeitura. O valor mensal de cada locação de ônibus ao
município, e de R$ 8 mil e dos barcos R$ 4 mil.
Muitas são as reclamações da prestação
dos serviços, em função a falta de estrutura dos ônibus, devido ao não recebimento
dos valores dos aluguéis há meses, ficando impossível aos seus proprietários,
realizarem melhorias nos veículos, pela falta de recursos devido ao atraso dos pagamentos
pela prefeitura.
O valor anual da prestação dos
serviços de locação de transporte escolar e de mais de R$ 3 milhões, mas a população
não entende o porquê, do prefeito João Gomes não realizar os pagamentos
mensais aos prestadores de serviços, que diariamente estão levando e trazendo
os estudantes, pois todos sabem que os recursos estão assegurados para estes
serviços.
É fato que os proprietários de
ônibus e barcos, até já tentaram paralisar os serviços de trasportes dos alunos,
para poder forçar o cumprimento dos pagamentos atrasados, mas em função ao lado
social, de não prejudicar os estudantes nos seus estudos, são forçados a conviver
com este desgoverno, mas, por não suportarem estes desmandos, exigem que o
gestor João Gomes, conhecido como “Russo”, cumpra com os seus compromissos, e
pague seus devedores, evitando com isso, que os estudantes não sejam
prejudicados e possam terminar seu ano letivo, sem prejuízo, com a possível ausência
dos alunos as aulas, por falta de transporte escolar.
A situação em Goianésia do Pará está realmente "russa", em função do desgoverno e a falta de gestão do prefeito "Russo".
O vereador José Ernesto (PHS),
por diversas vezes já usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Goianésia do
Pará, para denunciar estes desmandos do prefeito “Russo”, “hoje nossos
estudantes só tem a garantia de estarem frequentando as aulas, graças ao bom
senso dos proprietários dos ônibus e barcos, que fazem o transporte escolar, que
mesmo com seus aluguéis há meses atrasados, continuam a prestar os serviços à prefeitura,
haja vista, o prefeito transparecer, não está preocupado com a garantia e a
segurança do transporte dos estudantes de nossa cidade”.
Segundo o vereador “Zé Ernesto”,
o Ministério Público do Pará ajuizou Ação Civil Pública por Ato de Improbidade
Administrativa, em função as irregularidades ocorridas na contratação dos
serviços de transporte escolar pela prefeitura.
O vereador afirmou que, estará
acionando o MPE para tomar medidas urgentes no sentido de intermediar ações que
garantam a manutenção do transporte escolar aos estudantes, com a efetivação do
cumprimento dos contratos de locações aos proprietários dos veículos, assim
como, uma fiscalização imediata através da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores
de Goianésia do Pará, juntamente com a Promotoria de Justiça do município, para
fiscalizar os serviços de transporte escolar, realizado através dos ônibus
públicos, veículos e barcos alugados, bem como a efetivação dos pagamentos
destes contratos, garantindo ainda a colocação de monitores para acompanhar
todas as viagens no transporte escolar, garantindo maior segurança e assistência aos
estudantes.
Por diversas vezes a equipe de
reportagem tentou contato na sede da Secretaria de Educação do município, com o
novo secretário de educação Eduardo Gomes “Russinho”, filho do prefeito, sendo recebida
apenas pela secretária adjunta Maria Emília. Ao procurar o gabinete do prefeito,
o prefeito João Gomes “Russo” atendeu a equipe de reportagem, e mesmo tomando
conhecimento das inúmeras denúncias, não deu nenhuma declaração, reservando-se
ao direito de ficar calado.
Fonte: http://jornaldetucurui.blogspot.com.br/